
A BELA ADORMECIDA
Criada em 1971, “A Bela Adormecida” foi a primeira montagem do Giramun do. A peça nasceu de uma brincadeira familiar: foi produzida em um fundo de quintal, como passatempo, por Álvaro Apocalypse, Tereza Veloso e Maria do Carmo Vivacqua Martins (Madu).
O texto foi adaptado por Álvaro Apocalypse, a partir do clássico de Charles Perrault, e os bonecos foram construídos de modo simples, com a técnica de bastão, modelados em “papier collé”.
Já nessa primeira montagem o Giramundo contou com a participação de im portantes atores de Belo Horizonte como Arildo Barros, Eduardo Rodrigues e Neuza Rocha, assim como a influência criativa de Paulo Joel (então nos Estúdios Bemol) para a gravação das trilhas sonoras. Esta característica mar caria a maioria das produções posteriores do grupo que, através do elenco e das trilhas sonoras de seus espetáculos, preservaria um pouco da história do teatro mineiro.
O sucesso de público impulsionou outras temporadas e novas produções: em 1976, após a criação de três montagens, “Aventuras no Reino Negro” (1972), “Saci Pererê” (1973) e “Um Baú de Fundo Fundo” (1975), o espetácu lo “A Bela Adormecida” foi remontado - a trilha sonora da primeira versão foi mantida, mas todos os bonecos e cenários foram reconstruídos, atualizando- -se tecnicamente a produção. Por fim, nos anos 1991 e 2000, a primeira peça do Giramundo passa por novas remontagens.
Charles Perrault (Paris, 12 de janeiro de 1628 – Paris, 16 de maio de 1703) foi um escritor e poeta francês do século XVII, que estabeleceu as bases para um novo gênero literário, o conto de fadas, além de ter sido o primeiro a dar acabamento literário a esse tipo de literatura, o que lhe conferiu o título de "Pai da Literatura Infantil".

Depois de seis meses de intenso trabalho, o Giramundo estreou no dia 05 de maio de 1971, no Teatro Marília, constituindo-se na grande surpresa da temporada. O encantamento das crianças não era maior que o dos adultos.
O espetáculo trazia a marca de qualidade reconhecida na obra pessoal de artistas plásticos, à qual somava-se o aguçamento de um estado poético que perpassava todo o espetáculo.
Márcio Sampaio

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