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OS ORIXÁS
“Os Orixás” apresenta a gênese do mundo, da terra e do homem, sob a ótica
do panteão africano. O espetáculo ressalta a assimilação da cultura Iorubá pelos brasileiros, refletida “em nossa maneira de pensar, na alegria, na culinária, no amor à natureza e na vontade de viver”, nas palavras de Álvaro
Apocalypse (1937-2003).
A peça é original de 2001 e foi remontada em 2019. Na nova versão a trilha sonora foi totalmente refeita pelo músico mineiro Sérgio Pererê, e as vozes foram regravadas por cantores e atores negros, entre os quais: Sérgio Pererê, Maurício Tizumba, Djonga, Fabiana Cozza e Júlia Tizumba.
Para Beatriz Apocalypse, diretora geral do espetáculo, a remontagem traz um “Os Orixás” mais artístico, musical e visualmente enriquecido pela vídeo animação feita especialmente para o espetáculo, que mostra através de imagens, os símbolos, cores, comidas/oferendas e folhas dos diversos orixás.
Orixá:
Ancestral divinizado que em vida dominava as forças da natureza (trovão, vento, águas) e que se torna perceptível aos seres humanos incorporando-se em um deles. Desta forma, volta à terra onde reencontra sua antiga per sonalidade, recebe provas de respeito, ouve queixas, dá conselhos, dirime desavenças, consola e dá remédio para dores e infortúnios. O antepassado torna-se Orixá através de uma crise emocional de grandes proporções onde o que nele é material desaparece queimado pela cólera, paixão ou outro sen timento violento quando então tudo o que nele é material desaparece queima do por esta paixão restando somente o axé, poder ou energia pura, imaterial.
CANDOMBLÉ:
Culto aos Orixás. Culto de origem africana praticado em diversas regiões do Brasil.
UMBANDA:
Prática religiosa não codificada, nascida no Brasil, incorpora, de forma sincrética, aspectos doutrinários do catolicismo, do espiritismo e de derivações do culto aos Orixás. Na Umbanda se pratica o culto aos Cabo clos, Pretos Velhos, Ciganos, Marinheiros, Exu e outros.
Olodumaré:
Deus supremo, indiferente ao destino humano, ausente e distante, criador dos Orixás, em cuja trajetória interfere para dirimir desavenças e julgar comportamentos.
Oxalá:
Divindade da criação, o maior dos Orixás. Apresenta-se como um velho apoiado num cajado, Oxalufã, ou como um jovem guerreiro com escudo e espada, Oxaguian. Sincretizado com o Senhor do Bonfim.
Nanã:
A mais velha das Mães D’água. Senhora dos pântanos e águas para das. Sincretizada com Sant’Ana.
Exú:
Mensageiro. Elo de ligação entre os homens e os Orixás. Caráter difícil de ser definido. Passa por zombeteiro, astucioso, vaidoso, irascível, dinâmico, serviçal, prestimoso. Confundido com o diabo, não é completamente bom, nem mau. Deve ser o primeiro a receber oferendas para facilitar o culto e não perturbá-lo.
Obaluaê:
Divindade das doenças, patrono da medicina, cura os enfermos. Filho de Nanã. Sincretizado com São Lázaro.
Iemanjá:
Divindade das águas, mãe dos outros Orixás. Sincretizada com Nossa Senhora dos Navegantes, ou Nossa Senhora da Glória.
Ogum:
Divindade do ferro, do fogo e da guerra. Irmão de Exú e Oxossi. Sin cretizado com São Jorge ou Santo Antônio.
Oxossi:
Deus da caça e das florestas usa arco e flexa. Sincretizado com São Sebastião.

A música criada para o espetáculo faz um passeio por texturas sonoras encontradas em variadas partes da África e do Brasil tendo como eixo os tambores rum, rumpi e lê, mas, com influência de outros ritmos e a presença de outros instrumentos como flautas de bambu, mbiras, ronrocos, tamas, recos e djembes. A intenção da mistura é proporcionar ao público uma viagem ao universo das divindades africanas e seus elementos.
Algumas das canções foram compostas em Iorubá especialmente para o espetáculo, outras em português e algumas em língua bantu de modo a contemplar duas vertentes do candomblé que existe no Brasil (Congo/Angola e Ketu).
Sérgio Pererê
ORIXÁS PRESENTES NA MONTAGEM

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